Em 1776, Thomas Jefferson escreveu na famosa Declaração da Independência
dos EUA que um dos direitos de todo o ser humano é buscar a felicidade.
Cauteloso com as palavras, o ex-presidente sabiamente defendeu o
direito à busca, mas não à felicidade em si. Isso porque ele sabia muito
bem que na sua presente condição, nenhum ser humano pode ser totalmente
feliz. Basta viver alguns anos nesta terra para confirmar essa verdade
(Ec 1:14).
Mas ainda que saibamos que não alcançaremos a perfeita felicidade,
estamos continuamente à sua procura. Buscamos então por algo
inexistente? Por que fazemos isso? Buscamos por ela porque a nossa alma,
que está conectada com Deus, se lembra de uma época distante em que
éramos completamente felizes.
O ser humano, como raça, conheceu a plena felicidade no Éden, até que se
rebelou contra o Criador. Esse conhecimento será passado para todas as
gerações até o fim, quando então uns poucos a receberá de volta e a
maioria a perderá para sempre (Jo 5:29).
Não somos completamente felizes porque não somos completos, e nunca
seremos completos até que o nosso relacionamento com o Criador volte a
ser o que era antes da nossa rebelião: “mas as suas maldades separaram
vocês do seu Deus; os seus pecados esconderam de vocês o rosto dele” (Is
59:2).
Mas alguém dirá: “Ainda podemos ser felizes na terra!” Sim, mas apenas
uma felicidade parcial e temporária. As crianças crescem, a família se
divide, a saúde se perde, e os nossos queridos morrem. Os momentos
felizes que passamos aqui nos servem apenas como uma recordação do que
antes tínhamos e do que poderemos ter novamente naquele grande dia.
Amados, falarei mais sobre isso com a ajuda do Senhor. Por hoje, quero
apenas esclarecer que existe uma felicidade ilusória e uma real. A
ilusória passa como o vento e está limitada a esta vida (Ec 8:13). O
foco é aqui, e aqueles que estão à procura dessa felicidade estão
adorando ao deus deste mundo e não terão parte na ressurreição dos
justos (Dn 12:2). A verdadeira e permanente felicidade tem como foco a
futura morada. Os que procuram por essa, vivem pela fé, pois vivem
baseado naquilo que não se vê. Esses se distanciam cada vez mais desse
mundo, se deleitam em obedecer a Deus, são fortalecidos pelo Espírito, e
farão parte da ceia das bodas do Cordeiro (Ap 19:7-10). Espero te ver
no céu. —Markus DaSilva
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